v. 68 n. 271 (2008): Diálogo e Comunhão

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Na função de estimular a reflexão sobre as razões e as condições da missão dos discípulos e missionários de Jesus Cristo, a REB se sente honrada em contribuir com a partilha das seguintes propostas:

“O diálogo na Igreja e a Igreja do diálogo no Documento de Aparecida” abre as considerações. O tema, desenvolvido por Elias Wolff, situa a consciência dialogal no Documento de Aparecida. Uma consciência que se refere à própria identidade e característica dos discípulos e missionários de Jesus Cristo! Cabe-lhes, pois, esmerar-se no diálogo – requisito atualmente valorizado –, fortalecendo a estrutura relacional do ser humano, particularmente do cristão-católico. E as decorrências pastorais podem ser inferidas da imagem tradicional do pastor...

A imagem do pastor evoca uma atitude de escuta e devotamento, tanto em relação ao Pastor, como às ovelhas. E esta atitude, própria do discípulo e missionário, pode ser aprimorada ao se fazer, como Sávio Carlos Desan Scopinho, a pergunta pelo tipo de representação que se tem de discipulado e missão. Será ela de tipo sacrificial, fria e trágica? Será de tipo encantada pela maravilha da encarnação do Pastor, percebendo a missão como anúncio da ternura e proximidade libertadoras de Deus?

E, na busca de razoabilidade da fé e da missão, poderia-se também perguntar se os pressupostos metodológicos condizem com o caráter libertador da boa-nova do amor do Pai. Francisco de Aquino Júnior contribui para dar conta desta indagação, tendo como ponto de partida a metodologia da TdL, assim como foi articulada por Clodovis Boff. E a decorrência pastoral é decisiva.

Especificamente, o discípulo e missionário de Jesus Cristo sente-se chamado a trabalhar em prol da família. Depara-se, então, com as mais diversificadas condições em que esta se encontra. Indo ao encontro deste desafio, Nilo Agostini delineia o que a praxe pastoral da Igreja, para permanecer centrada na boa-nova de Jesus Cristo, costuma propor em prol das famílias em condições “especiais”.

Juventude, vítima de violência! Eis outro “lugar” específico para a atuação dos discípulos e missionários de Jesus Cristo. Que testemunho a tradição bíblica lhes oferece? Como agiria o Pastor, perguntam-se? Que “cabeça” se deveria ter, Paulo Fernando Dalla-Déa, para que a boa-nova chegue aos jovens?

Finalmente, a carta encíclica de Bento XVI, Spe salvi. Demonstrando que a encíclica sugere o ensinamento do Concílio Vaticano II sobre a Esperança cristã, Lina Boff ressalta sobretudo a feliz relação que Bento XVI estabelece entre a certeza de, na esperança, sermos salvos e o decorrente empenho para que os males que afligem os seres humanos sejam debelados.

Que o Espírito alimente em todos a esperança e a paciência, a gratidão e a perseverança.

Elói Dionísio Piva ofm

Redator

Publicado: 2008-04-05