Para onde sopram os ventos da Reforma?
DOI:
https://doi.org/10.29386/reb.v77i305.109Keywords:
Epistemologia, Reforma, Espiritualidade, Dinamismo histórico, LiberdadeAbstract
Síntese: O Autor vislumbra um horizonte epistemológico complexo quando se refere ao termo Reforma. Em função disso, o artigo é um convite para ouvir as direções apontadas pelas espiritualidades e utopias que o termo pode carregar, despertar e inspirar. Para este ensaio, propõe três chaves de leitura: a crítica a Lutero e a Calvino, a história como permanente exercício de interpretação, e a relação entre Reforma e espiritualidade. Portanto, o Autor não se limita ao contexto da Reforma protestante do século XVI, mas, admitindo que “o vento sopra onde quer”, vislumbra a pertinência prática e teológica do pluralismo e da sexualidade humana no mundo atual. Em função disso, trata-se de ressaltar em que sentido as espiritualidades dos movimentos de reforma do passado habitam de forma criativa e propositiva os entre-lugares da cultura e mobilizam o pensamento e o agir humanos.
Palavras-chave: Epistemologia. Reforma. Espiritualidade. Dinamismo histórico. Liberdade.
Abstract: The author glimpses at a complex epistemological horizon when referring to the term Reform. In view of this, the article is an invitation to hear the directions pointed by the spiritualities and utopias that the term may carry, awake and inspire. For this essay, he proposes three reading keys: the critique of Luther and Calvin, History as a permanent exercise of interpretation, and the relation between Reform and spirituality. The author, therefore, does not limit himself to the context of the 16thcentury Protestant human sexuality in the present world. Therefore, the article emphasizes the sense in which the spiritualities of the past reform movements inhabit in a creative and intentional form the in-between places of the culture and mobilize human thoughts and actions.Keywords: Epistemology. Reform. Spirituality. Historical dynamism. Freedom.
Downloads
References
ALTHAUS-REID, M. Demitologizando a teologia da libertação: reflexões sobre poder, pobreza e sexualidade. In: SUSIN, L.C.
(Org.). Teologia para outro mundo possível. São Paulo: Paulinas, 2006.
______. Entrevista [por Sandra Duarte de Souza & Luiza Tomita]. Mandrágora, Florianópolis, a. 9, n. 10, p. 90-92, 2004.
ALVES, R. Protestantismo e repressão. São Paulo: Ática, 1979.
______. Dogmatismo e tolerância. São Paulo: Paulinas, 1982.
BARROS, M. O sabor da festa que renasce: para uma Teologia Afro-latíndia da Libertação. São Paulo: Paulinas, 2009.
BHABHA, H.B. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
BLOCH, E. Thomas Müntez: teólogo da revolução. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1973.
BOFF, L. Igreja, carisma e poder. Petrópolis: Vozes, 1981.
COMBLIN, J. O debate atual sobre o universalismo cristão. Concilium, Petrópolis, n. 155, p. 74-83, 1980.
ENGELS, F. La Guerra campesina en Alemania. Moscou: Editorial Progreso, 1981.
HALL, S. Formations of Modernity. Oxford: Blackwell Publishers Ltd., 1992.
IRARRAZAVAL, D. De baixo e de dentro: crenças latino-americanas. São Bernardo do Campo: Nhanduti, 2007.
SHAULL, R. A Reforma Protestante e a Teologia da Libertação. São Paulo: Pendão Real, 1993.
SHAULL, R.; CESAR, W. Pentecostalismo e futuro das igrejas cristãs. Petrópolis: Vozes; São Leopoldo: Sinodal, 1999.
SILVA, A.A. da (Org.). Existe um Pensar Teológico Negro? São Paulo: Paulinas, 2008.
______. Teologia cristã do pluralismo religioso face às tradições religiosas afro-americanas. In: ASETT (Org.). Pelos muitos caminhos de Deus: desafios do pluralismo religioso à Teologia da Libertação. Goiás: Rede, 2003, p. 97-107.
TILLICH, P. Systematic Theology. v. 3. Chicago: The University of Chicago Press, 1963.
WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Pioneira Editora, 1983.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2018 Revista Eclesiástica Brasileira
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores cedem os direitos autorais; como gratificação, a REB oferece dois exemplares ao Autor de um artigo.
A REB adere à licença não comercial (Creative Commons). Portanto, é permitida cópia, distribuição e exibição dos textos, respeitados os direitos autorais e citada a fonte de sua proveniência.