A Colegialidade dos Bispos a Serviço da Igreja
DOI:
https://doi.org/10.29386/reb.v29i4.4642Abstract
Já se disse que o Concílio Vaticano II deveria ser e de fato foi o Concílio dos Bispos, em certa oposição ou talvez, como seja mais justo, em complementação ao Vaticano I que foi antes o Concílio do Papa. Essa linguagem tomada em sentido estrito poderia ser estranha. Contudo, num sentido mais geral, não podemos negar que o pólo que atraiu e concentrou as atenções no Vaticano I foi a autoridade do Papa. Êle foi e ficará sempre como o Concílio do primado e da infalibilidade do Papa. Desde o início êle foi, de certo modo, polarizado por êsse centro de atenções, e cremos que, mesmo se o seu processo tivesse normalmente chegado até o fim, êle poderia talvez ter atenuado um pouco, mas não teria perdido a sua tônica. Êle era como que o coroamento de um longo processo histórico que não podia deixar de realizar-se. Daí, dizer que só por circunstâncias fortuitas o Vaticano I não nos deixou uma visão doutrinal mais completa sobre a constituição hierárquica essencial da Igreja poderia ser um desconhecimento da orientação geral do Vaticano I...
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