v. 64 n. 254 (2004): Cristianismo na pós-modernidade

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Pode ser que Você, leitora ou leitor da REB, esteja muito bem informada/o sobre “pós-modernidade” ou até seja uma referência no assunto. Mesmo assim, a pergunta pelo que se entende por “pós-modernidade” está no ar, reforçada obviamente por quem só dispõe de algumas noções genéricas a respeito. E a expectativa abre suas pálpebras, quando se ensaia caracterizar a “pós-modernidade” e as arregala quando se indaga por suas conseqüências na esfera das expressões religiosas. Se esta não for uma mera impressão do Redator, porque esta curiosidade? Resultado da necessidade, do desejo e do esforço de as pessoas se situarem no mundo sócio-cultural em que se movem, ou seja, de tomar conhecimento e de interpretar os fenômenos que de alguma forma as atingem, particularmente os de ordem religiosa? Pois bem, se Você detecta ou experimenta algum mal-estar ou alguma inquietação em sua comunidade de fé, nas igrejas ou mesmo na sociedade ocidental como um todo, então, com certeza, o texto de Hubert Lepargneur sobre o cristianismo na pós-modernidade vai estimular ainda mais sua indagação, conduzi-la/o a discernimentos e estimulá-la/o ao diálogo entre fé e a cultura hegemônica atual!

Se Você, de alguma forma, estiver ciente da atual valorização de soluções imediatas, do pragmatismo e do individualismo modernos e, portanto, também da busca de consolo e referências, então, certamente, também o/a visitará a pergunta pelo rumo da História humana. Haverá alguma causa e algum sentido para a evolução da vida ou dos fatos? A evolução social seria pendular, linear, circular? Veja, então, com o prof. Ivan A. Manoel, o que muitos pensadores católicos, entre 1800 e 1960, pensaram a respeito.

Se Você tem dúvidas ou estiver segura/o de que o avanço da secularização resolveu politicamente e de vez o desafio da liberdade e da convivência na e com a diversidade religiosa, então veja o levantamento feito pelo prof. Ari Pedro Oro, particularmente em relação à situação do Brasil hoje.

Pode surpreender, mas o olhar pós-moderno, abrangente, também matiza ou até caracteriza, mais ou menos conscientemente, a compreensão que se tem hoje da Eucaristia e influencia sua celebração. Veja o texto do Pe. Antônio Alves de Melo, que, como os outros articulistas, além de apontar fenômenos culturais, estabelece um diálogo entre as referências básicas da Tradição católica sobre o mistério eucarístico e alguns acentos culturais pós-modernos.

Por fim, neste mesmo fascículo Você tem a oportunidade de embarcar na linguagem do simbólico ou do sacramental e aproximar-se das aspirações básicas da existência humana e cristã ao acompanhar o comentário do escritor e conferencista Antônio Mesquita Galvão sobre as Bodas de Caná – ocasião em que Jesus Cristo converte água em vinho.

Que o material deste fascículo, em seu conjunto, possa servir à sua reflexão e prática!

Elói Dionísio Piva, ofm

Redator

Publicado: 2004-05-14

Artigos

  • O cristianismo na pós-modernidade

    Hubert Lepargneur
    275-293
    DOI: https://doi.org/10.29386/reb.v64i254.1722
  • O movimento histórico: produto da (des)razão. Um ensaio sobre a filosofia católica da história (1800-1960)

    Ivan Aparecido Manoel
    294-316
    DOI: https://doi.org/10.29386/reb.v64i254.1723
  • Notas sobre a diversidade e a liberdade religiosa no Brasil atual

    Ari Pedro Oro
    317-336
    DOI: https://doi.org/10.29386/reb.v64i254.1724
  • A presença do Senhor na eucaristia: mistério no mistério. Considerações históricas, teológicas e pastorais

    Antonio Alves de Melo
    337-361
    DOI: https://doi.org/10.29386/reb.v64i254.1725
  • E a água se fez vinho... Lições de um fato aparentemente simples

    Antônio Mesquita Galvão
    362-389
    DOI: https://doi.org/10.29386/reb.v64i254.1726

Comunicados

  • O que vimos e ouvimos, vos anunciamos. Carta compromisso do 10º ENP

    José Pietrobon Rotta
    390-393
    DOI: https://doi.org/10.29386/reb.v64i254.1727
  • Rezando as lições do 10º ENP

    Anuar Battisti
    394-395
    DOI: https://doi.org/10.29386/reb.v64i254.1728
  • A utopia andante dos “últimos”

    Dirceu Benincá
    396-409
    DOI: https://doi.org/10.29386/reb.v64i254.1729
  • Resgatar a utopia, fortalecer a esperança, construir o novo

    Antonio Aparecido Alves
    410-419
    DOI: https://doi.org/10.29386/reb.v64i254.1730
  • A controvérsia da camisinha. A Igreja Católica diante da AIDS

    Luís Corrêa Lima
    420-422
    DOI: https://doi.org/10.29386/reb.v64i254.1731
  • Mutirão por um novo Brasil

    José Geraldo Vidigal de Carvalho
    423-424
    DOI: https://doi.org/10.29386/reb.v64i254.1732
  • Mais conhecimento, menos emoção

    José Geraldo Vidigal de Carvalho
    425-426
    DOI: https://doi.org/10.29386/reb.v64i254.1733
  • Água: mudanças efetivas

    Demétrio Valentini
    427-428
    DOI: https://doi.org/10.29386/reb.v64i254.1734

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