Religiosidade e pós-modernidade: informação e formação

Autores

  • Hubert Lepargneur

DOI:

https://doi.org/10.29386/reb.v65i259.1641

Palavras-chave:

Religiosidade, Pós-modernidade.

Resumo

A secularização, que progride em boa parte do Ocidente, conseguiu fazer admitir que a separação das Igrejas e do Estado era uma medida não apenas aceitável para a democracia, mas também benéfica para a liberdade responsável das partes. Este ordenamento político não impede que a escola pública preveja ensino religioso, embora segundo uma distinção aqui justificada e desenvolvida, ilustrada com experiências de diversos países. Importa deixar às Igrejas e às outras denominações religiosas o cuidado pela formação religiosa baseada sobre uma fé, sob livre escolha da família (ou do jovem, se este for tido como competente) e opcional no ensino público. Cabe, entretanto, ao ensino público um ensino do Fato religioso como componente da cultura, sem menosprezar o cuidado por certa ética – uma necessidade social, qualquer que seja a opção religiosa.

Abstract: Secularization, which has spread almost everywhere in the West, admitted the separation from Churches and State not only as an acceptable measure for democracy, but also as beneficial for the responsible freedom of both. This political regulation doesn’t prevent public school from adopting religious teaching, according to a distinction here justified and developed, illustrated with experiences of several countries. It is important to leave to the Churches and other religious denominations the care for religious education based on faith, leaving the choice for the family (or the young person, if she is considered competent), and optional for public schools. However, it is up to the public school to teach religious Facts as a component of culture, highlighting the importance of ethics – a social need, no matter the religious option.

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Publicado

2005-04-29

Como Citar

Lepargneur, H. (2005). Religiosidade e pós-modernidade: informação e formação. Revista Eclesiástica Brasileira, 65(259), 531–560. https://doi.org/10.29386/reb.v65i259.1641